terça-feira, 18 de agosto de 2009


Automação Industrial


A automação dos processos industriais é vista por economistas, dirigentes de empresas e pela sociedade, como meio importante para a construção e consolidação do processo de modernização do parque industrial brasileiro. No setor petróleo, a automação é ferramenta fundamental para a otimização da produção. Antigamente, a automação consistia em grandes painéis das salas de controle reunindo dados sobre as principais variáveis de processo.

Atualmente, a tecnologia da automação proporciona que estações de trabalho coletem esses
dados, acompanhem o desempenho dos principais equipamentos de processo, instruindo as intervenções de manutenção, e monitorando o funcionamento da instrumentação, podendo detectar as anomalias.

A quantidade de informações geradas no campo é tão grande que
exige programas específicos para facilitar o seu manuseio, gerando bancos de dados a partir dos quais se emitem relatórios diversos, tanto para os níveis de controle e operação, quanto para os setores gerenciais. Por tanto, um dos requisitos indispensáveis para a automação competitiva do setor petróleo, visando deter o controle do conhecimento e do processo, reside na melhoria contínua da capacitação dos seus profissionais através de mecanismos específicos criados para tal fim.

Caetano Moraes Coordenador Técnico do ISES



A automação industrial pode ser vista como uma pirâmide de vários níveis, conforme mostrado na figura abaixo:




Em uma primeira camada tem-se a instrumentação, composta dos sensores de campo e elementos finais de controle, tais como válvulas e variadores de frequência. Esta camada troca informações com a camada imediatamente superior, aqui chamada controle regulatório. O controle regulatório baseia-se no princípio do controle em realimentação negativa.

Tanto a instrumentação quanto o controle regulatório são as bases para programas maiores de otimização, tais como controladores preditivos multivariáveis, otimizadores of fline ou online (RTO – Real Time Optimization), programação de produção e planejamentos estratégicos da empresa.

As bases desta pirâmide, instrumentação
e controle regulatório, devem estar muito bem ajustadas de forma a compensar investimentos nas camadas superiores. Para isso, a instrumentação deverá estar medir informações confiáveis e com repetibilidade (precisão), as válvulas de controle corretamente ajustadas, e, em nível de controle, as estratégias de controle deverão estar configuradas no executor de controle (PLC ou SDCD), adequadas para o problema a ser resolvido com parâmetros de sintonia com boa performance.

Apenas com as camadas de instrumentação e controle regulatório bem ajustadas, pode-se observar um bom desempenho da planta industrial, com redução da variabilidade em relação aos pontos desejados, o que permite que uma planta possa operar mais próxima de seus limites, otimizando utilidades e equipamentos.

Extraído da Coletânia de Educação Profissional e Tecnológica Vol. 1

Sistema Firjan SENAI - RJ

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